Os 5 maiores desafios da profissão de engenheiro civil

A engenharia civil é uma profissão cheia de encantos – não é todo profissional que tem a honra de ver seu trabalho ganhar vida, de ver sua obra concretizada, dando forma a um sonho projetado lá atrás, criando e interferindo na identidade de um local. E o engenheiro civil possui essa missão: ele deve ter a habilidade de projetar, gerenciar e executar obras das mais variadas proporções, mas sem nunca se esquecer da sua responsabilidade em deixar um legado positivo no entorno desse projeto e para as pessoas impactadas por ele, seja ele residencial, comercial, de geotecnia, de hidráulica, de infraestrutura ou de qualquer escala!

Mas, assim como qualquer campo, a engenharia civil é cheia de desafios. Mesmo com o mercado em constante desenvolvimento – o que costuma ser um atrativo para quem quer se formar no curso – é preciso ter em mente que haverão alguns (vários!) obstáculos ao longo do caminho. E esses desafios começam logo cedo, quando iniciamos a faculdade!

Para te ajudar, nós da MKS queremos te contar sobre os 5 maiores desafios da profissão de engenheiro civil.

O início e as exatas

Os desafios já começam logo cedo na nossa profissão. A falha no aprendizado das disciplinas exatas em nosso país, na educação de base, impede (por medo) que muitos entrem no ramo da engenharia, ou faz com que alunos mal preparados encontrem uma enorme dificuldade logo no início do curso, quando encaram as temidas cadeiras iniciais de cálculo e física, com níveis de dificuldade nem comparados ao nosso ensino médio.

Além de gerar uma taxa absurda (a maior entre todos os cursos: 40%) de desistência, faz também com que muitos alunos demorem excessivamente para receber o diploma. Outro problema é quando conseguem se graduar e se veem num total despreparo com o mundo prático da engenharia, já que durante o curso, seja pela carga horária cruel (e que ainda exige estudos fora da sala de aula) ou pela dificuldade extrema de algumas disciplinas, não conseguiram conciliar estágios profissionais que agregassem experiência prática ao seu currículo. E a grade curricular não privilegia, nem perto, as experiências práticas. É teoria na veia!

Portanto, sobrevivendo ao duro período de estudos, principalmente nas “peneiras” das disciplinas de exatas do início do curso, é fundamental que o aluno busque ainda experiências práticas que busquem combinar a teoria aprendida com o mundo real da engenharia. Facilitará muito a seleção para qualquer cargo futuro!

Responsabilidade social

Um engenheiro civil carrega grandes responsabilidades, principalmente sociais. Grandes obras possuem um impacto considerável na sociedade, e nem sempre os projetos são bem aceitos. Uma edificação, por exemplo, impactará não só durante seus anos de obra, mas também deixará um legado por décadas na região. Positivo ou negativo. Depende de você e da qualidade do projeto, e é necessário aprender desde cedo a lidar com isso para construir um bom futuro na profissão.

Além disso, é importante ter a exata noção do impacto direto na vizinhança, principalmente nos centros urbanos. Uma obra é um vizinho sempre mal visto por todos da região: é barulhenta (e iniciando às sete da manhã, ainda por cima!), faz poeira, pode gerar alguns transtornos no trânsito e ainda por cima perdura por vários meses! Ou seja, cabe a você também, engenheiro, amenizar essas dores da vizinhança com alguns gestos que fazem toda a diferença – por exemplo: informar a todos o que irá nascer ali (afinal, os vizinhos já estavam ali antes de você), evitar barulhos desnecessários logo na primeira hora de trabalho, manter as calçadas e o entorno da obra sempre limpo e iluminado, e respeitar os horários de trabalho determinados em lei.

Não custa nada manter a tranquilidade na vizinhança, e é o mínimo quando se tem noção do quão chato é ter uma grande obra ao lado da sua janela! Nós da MKS acreditamos que essas boas práticas são fundamentais na humanização do processo da construção civil como um todo, estabelecendo uma harmonia essencial nas relações incorporador-vizinhança e edifício-cidade.

Relacionamento interpessoal

Quem nunca lidou com um cliente ou gestor que pedia alterações a cada cinco minutos? Nem sempre é fácil, mas o relacionamento interpessoal é uma das chaves do trabalho do engenheiro. Você vai querer mostrar o que sabe e assinar a obra com o seu estilo, mas terá que saber acatar ordens e aceitar mudanças também, além de estar sempre aberto a opiniões que sejam diferentes das suas, mas que possam ser mais vantajosas ao projeto final. Isso faz parte do dia a dia da profissão. O projeto, o cliente e os funcionários devem sempre prevalecer ao nosso ego profissional.

Além disso, no caso de clientes de empreendimentos residenciais, deve-se ter ainda mais responsabilidade. Esse cliente deve ser ouvido e atendido com a atenção devida a quem faz, muitas vezes, o investimento de uma vida inteira. Os prazos devem ser seguidos à risca e a garantia sempre prestada o quanto antes, porque ninguém merece fazer um investimento desse volume e receber em troca uma grande dor de cabeça!

No nosso ramo, mais do que outros (já que interferimos diretamente na sua qualidade de vida), o cliente é rei. Mas não é único. Outra base da nossa profissão são os funcionários. De nada adianta um bom projeto se ele não se sustenta numa ótima gestão de pessoas no canteiro. São eles que farão sair do papel o seu projeto. Tendo a noção da importância deles, o bom resultado na execução da obra será uma consequência.

Instabilidade profissional

Muitas vezes, no nosso ramo, a estabilidade é um desafio. Ela pode depender da duração de um determinado projeto ou obra específica, já que o volume financeiro destes muitas vezes é o que determina a necessidade na contração da nossa mão de obra. Evitar essas oportunidades? Jamais, ainda mais em um momento de tão poucas oportunidades como o que estamos vivendo hoje.

Assumindo esse risco e tendo a noção de que essa oportunidade pode ter aparecido apenas para uma obra, você deve buscar se diferenciar dos outros e se esforçar ainda mais nesse período – além de construir uma boa rede de contatos. Dessa forma, é difícil qualquer superior ter que dispensar um engenheiro de mão cheia e que demonstrou tanto potencial num curto período. No mínimo você terá excelentes indicações pra futuros trabalhos. Criar um nome no nosso ramo é essencial!

Seguir na área após a formação

Após o desafio da graduação, outro desafio encarado pelos engenheiros é, infelizmente, seguir na área. A estimativa hoje, segundo dados da CNI (Confederação Nacional da Indústria), é de que apenas 2 a cada 7 que se formam vão de fato trabalhar com engenharia. Ou seja, mesmo com a gigantesca taxa de evasão durante o curso, ainda se tem uma enorme dificuldade em seguir na área após obter o canudo.

O fato é que o Brasil precisa de engenheiros para crescer. E os engenheiros também só se interessarão pelo Brasil se ele crescer. O crescimento de ambos caminham juntos. Uma prova? Segundo pesquisa do IPEA (Pesquisa Econômica Aplicada), a demanda por engenheiros no país tende a aumentar cerca de 7% quando o PIB brasileiro sobre 3%. E quando a economia cresce 7%, a tendência é de que a demanda cresça para 13%!

Embora tenha estes – e outros – desafios, a engenharia civil é uma profissão maravilhosa. Ela permite que você inove e deixe sua marca em um lugar, o que é um privilégio que nem todas as pessoas têm. É recompensador ver, literalmente, se concretizar e materializar aquele projeto no qual você tanto se dedicou. Ver que ele impactou positivamente no entorno da rua, da região, do bairro ou até mesmo para a cidade (dependendo da escala do projeto) é a maior de todas as recompensas da profissão.

A engenharia é uma profissão que nos permite deixar legados, e isso não tem preço! Nem mesmo os desafios da profissão são capazes de apagar isso. Tendo essa noção de responsabilidade do impacto do nosso trabalho na paisagem urbana e na qualidade de vida dos cidadãos, acordar para mais um dia de trabalho vira quase uma missão!

E para você, quais são os principais desafios da engenharia civil? Conte para nós nos comentários!

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