2 recursos arquitetônicos que vão muito além da estética!

Tudo que é novo nos provoca curiosidade e vontade de saber mais sobre aquilo. Somos inquietos pelo que é novo.

No caso da arquitetura, há um mundo de possibilidades a serem exploradas, e é comum a cada dia descobrirmos novas maneiras de se aplicar um mesmo recurso. Seja com novas tecnologias, materiais, cores ou formas, a infinidade de opções criadas a partir de mesmas referências, como os princípios e elementos da arquitetura moderna, faz do cenário arquitetônico um oceano de possibilidades criativas, dando abertura para a criatividade humana agir sem limites!

A cada dia novas tendências surgem. Porém, diferente da moda, que é feita por estações e roupas novas que podem ser facilmente descartadas, devemos lembrar que um edifício existirá por décadas no mesmo local, interferindo na paisagem da rua por algumas gerações. Isso nos leva a analisar mais profundamente a atemporalidade do seu desenho (hoje é bonito, e daqui há 50 anos continuará?), bem como o comportamento e a funcionalidade dos materiais escolhidos nesse período.

Por isso o blog da MKS separou 2 recursos trazidos lá dos princípios modernistas da arquitetura , que além de estética e funcionalidade também trazem melhorias em aspectos super importantes da relação com nosso lar, como conforto térmico, acústico, privacidade, entre outros.

1 – Brises

O brise-soleil (quebra-sol em francês) é um elemento que controla a incidência de raios solares, como se estivesse “quebrando” e “peneirando” os raios que incidem diretamente sobre as janelas, garantindo o conforto térmico do ambiente. Ele pode ser instalado tanto na vertical quanto na horizontal (sua disposição não é aleatória, depende da orientação solar), ou também com grafismos, e pode ser feito com materiais dos mais variados tipos: de bambu, madeira, alumínio, cerâmica e vidro. Suas lâminas servem como uma espécie de persiana revestindo fachadas de prédios e casas, e seu uso nasceu junto com a arquitetura moderna proposta pelo mestre e visionário franco-suíço Le Corbusier.

Além do ganho estético, têm-se ganhos também no que se refere à privacidade, visibilidade (dificulta a visão de quem está de fora pelo efeito acumulado das lâminas, porém de dentro a visibilidade é quase que total) e ventilação, já que diferentemente das cortinas, protege-se da luz natural sem perder aquela brisa que deixa os ambientes tão agradáveis!

As variedades no uso são infinitas! Eles podem ser instalados em frente ou atrás de janelas (acopladas a esta ou não), na área externa ou interna (deve-se analisar seu local para definir o correto material do Brise), além de poder ser móvel, tanto o conjunto como suas partes.

Além de todos os benefícios térmicos e de privacidade já citados, a possibilidade do movimento, permitindo acompanhar as várias fases do sol durante o dia, traz também dinamismo à fachada, quase como se o prédio ganhasse vida própria! É vida e movimento que com certeza agregarão à paisagem da rua e da região.

Os brises móveis estão voltando a ter seu uso bastante explorado em projetos residenciais nos últimos anos, e Porto Alegre recentemente ganhou um (e irá ganhar outro em breve) empreendimento com esse elemento tão versátil! É o JCândido, entregue no início de 2017, e o Esquina Chartier, já em obras, da MKS Empreendimentos!

Em ambos os projetos, foi definido como material do brise o alumínio, a fim de deixar os conjuntos bem leves e de fácil manuseio, além de evitar qualquer tipo de manutenção (repintura, principalmente) para os moradores no futuro!  Anteriormente, o Casa América, também da MKS, já havia sido entregue com brises, porém fixos, nas suas janelas de cobertura da fachada norte!

Exemplos de brises:

2 – Terraço-jardim

Já pensou ter um jardim em cima de casa onde você possa ter contato com área verde, ter sua própria horta e, ao mesmo tempo, possa contemplar uma vista incrível? Pois um jardim suspenso vegetado possibilita tudo isso, além de proporcionar um bloqueio acústico e térmico muito mais eficiente quando comparado a maioria dos telhados do mercado, inclusive àqueles com materiais isolantes!

Esse conceito também foi desenvolvido por Le Corbusier, na década de 1920, e faz parte dos seus cinco pontos para a nova arquitetura. Sua ideia era recuperar aos cidadãos o espaço ocupado pela construção na cobertura do edifício, fazendo com que, à medida que mais terraços-jardins em coberturas fossem construídos, mais verde ficasse a paisagem quando vista de cima, mesmo com mais construções tomando conta da malha urbana, o que acabaria amenizando o efeito visual do crescimento desordenado das grandes cidades.

Já pensou morar em um andar alto e ter um jardim na porta de casa?

Embora ainda esteja ganhando força no Brasil, os jardins nos terraços já são amplamente utilizados e chamam a atenção de quem visita cidades como Paris, Amsterdam, Berlin e Nova York. No Brasil, justamente a cidade considerada por muitos a “mais cinza” do país é aquela que conta com um número mais expressivo de verde no topo de empreendimentos! A capital paulista conta com telhados verdes em vários prédios na charmosa Vila Madalena, além de alguns na Avenida Paulista e na Faria Lima, sem contar com os jardins verticais que estão formando incríveis paredões verdes no Minhocão. Esses jardins começaram a ser instalados em 2015 e foram desenvolvidos em sua maioria pelo Movimento 90 graus, que pretende não só deixar a paisagem daquela região tão degradada mais verde, mas também auxiliar na filtragem da poluição gerada no entorno.

Em Porto Alegre o empreendimento Esquina Chartier vai contar com um jardim suspenso vegetado que foi projetado para proporcionar para os moradores um espaço de contemplação para aproveitar a vista panorâmica para o Guaíba, além de, claro, estar em contato com a natureza. Anteriormente, a MKS já havia entregue o Casa América com um amplo terraço-jardim condominial no último pavimento convidando os moradores a tomarem um bom mate ao pôr do sol, junto do verde e da cidade, lá de cima, tudo ao mesmo tempo!

Estes e outros recursos arquitetônicos com origem lá nos princípios modernistas não são nenhuma novidade, porém cabe a nós, incorporadores e projetistas, explorá-los não só por todas essas vantagens já citadas, mas também como forma de fugir do lugar comum que tem se tornado nossa arquitetura de edifícios residenciais, com prédios replicados sem nenhum cuidado estético, com pinturas e revestimentos que buscam apenas um ganho: a economia. No entanto, é simplista e muitas vezes preguiçoso (é mais fácil fazer o que sempre fez do que buscar novas alternativas) o pensamento de que seus usos não são viáveis financeiramente. Os brises, por exemplo, podem ser feitos de diversos materiais (dependendo do orçamento, pode-se especificar desde materiais recicláveis até metais nobres), e adotar um terraço vegetado (manta geotêxtil, substrato e leiva, tudo muito econômico!) sai muitas vezes mais barato que revestir a laje com uma cerâmica das mais simples!

Com certeza não serão apenas os moradores que ficarão agradecidos, afinal o “novo vizinho” acabará agregando valor aos outros imóveis da rua, além de agregar também à paisagem do entorno, com uma estética muito mais agradável e simpática a todos que em algum momento tem contato com o prédio. A relação construtor-vizinhança também facilita e se torna mais agradável, retirando um pouco daquela sensação tão ruim para todos de “construtor-predador”, em que a construtora chega sem apresentações no bairro, fica por 2 anos fazendo muito barulho e poeira, e no final de tudo ainda deixa como vizinho uma caixa bege de janelas!

Acupuntura urbana: a cidade agradece!

E você, o que acha destes artifícios arquitetônicos que já implantamos na MKS? Conhece outras tendências que possam servir para a nossa busca pela boa arquitetura associada à todos os fatores que citamos?

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