O que o concreto armado tem a ver com arquitetura moderna? Tudo!
Como aconteceu no campo das outras artes, a arquitetura moderna modificou os princípios estéticos vigentes, recorrendo ao emprego das novas técnicas e materiais industriais, como o concreto, o aço laminado e o vidro em grandes dimensões, trazendo cada vez mais inovação na criação e execução dos projetos. E dentre todas inovações tecnológicas até agora, sem dúvidas aquela que mais impactou a arquitetura foi a descoberta da possibilidade da combinação entre o aço e o concreto juntos no sistema estrutural! Foi um casamento perfeito que abriu um novo mundo à arquitetura, que nunca mais foi a mesma.
Esse sistema, chamado concreto armado, abriu um leque imenso no campo da arquitetura, sendo a mola propulsora para o surgimento dos princípios modernistas, possibilitando estruturas mais resistentes, esbeltas, duráveis e flexíveis, possibilitando projetos mais ousados esteticamente, mais leves e com melhor aproveitamento dos recursos naturais, devido aos maiores vãos que esse sistema permite quando comparado às tecnologias anteriores.
Nós, da MKS, adoramos utilizar esse material para dar asas a nossa imaginação ao criar nossos projetos. Mas, primeiro, o que é o concreto armado?
O concreto armado é uma estrutura que tem em seu interior armações produzidas com barras de aço, que ficam no núcleo de uma estrutura de concreto. Elas são aliadas ao concreto devido às características dos dois materiais que, juntos se complementam e criam um componente resistente tanto às tensões de compressão (principal qualidade do concreto), como também à tração (principal qualidade do aço). Mas nem tudo é tão simples – o uso desse material deve ser combinado com lajes, vigas e pilares, além de tornar necessários diversos cálculos de dimensionamento para que tudo fique perfeito e siga as normas vigentes.
O concreto pode ser comprado em usinas especializadas ou feito no próprio canteiro de obra. Sua qualidade pode ser muito semelhante, desde que dosadas (mesmo que no canteiro) com precisão. Porém, para grandes volumes, recomenda-se o uso do concreto direto da usina, não só pela garantia de um padrão para todo esse volume, devido ao maior controle de dosagem na central, como também para agilizar o serviço de concretagem, já que o concreto virado em obra tem uma produtividade muito baixa.
A dosagem perfeita é a grande chave para um bom concreto: a precisão na quantidade de materiais utilizados é o que definirá a qualidade final, que deve estar dentro da resistência estabelecida no projeto estrutural pelo calculista responsável.
O projeto que utiliza concreto armado deve ser sempre realizado por engenheiros especializados em cálculo estrutural, que assinarão como responsáveis técnicos pela estrutura (ou somente pelo projeto, ou pela execução e projeto). Eles precisam fazer um trabalho de dimensionamento que vai desde a definição do diâmetro e a quantidade e comprimentos do aço, até as dimensões de cada elemento estrutural (laje, viga e pilar) de cada um dos pavimentos da edificação.
E onde entra a arquitetura moderna nisso tudo?
O concreto armado conseguiu oferecer exatamente a chave para todos os princípios modernistas da arquitetura: a liberdade estrutural.
Só a partir do início do seu uso (até então as estruturas eram extremamente pesadas e engessadas estruturalmente e muito apego aos detalhes ornamentais, enquanto a nova arquitetura propunha exatamente o contrário: maior leveza e funcionalidade), pôde-se colocar em prática tudo aquilo que o arquiteto Le Corbusier propôs nos seus Cinco Pontos da Nova Arquitetura, e que se tornaram os cânones da arquitetura moderna:
- Planta Livre: através de uma estrutura independente permite a livre locação das paredes, já que estas não mais precisam exercer a função estrutural.
- Fachada Livre: resulta igualmente da independência da estrutura. Assim, a fachada pode ser projetada sem impedimentos.
- Pilotis: sistema de pilares que elevam o prédio do chão, permitindo o trânsito por debaixo do mesmo.
- Terraço Jardim: “recupera” o solo ocupado pelo prédio, “transferindo-o” para cima do prédio na forma de um jardim.
- Janelas em fita: possibilitadas pela fachada livre, permitem uma relação desimpedida com a paisagem.
Vila Savoye, projetada em 1928 por Le Corbusier é o marco da arquitetura moderna, em que o arquiteto pôs em prática os seus Cinco Pontos.
Residência Farnsworth, projetada em 1945 por Mies Van der Rohe, é também outro grande ícone da arquitetura moderna.
A Casa da Cascata, outro marco, foi projetada em 1934 pelo precursor da arquitetura moderna nos EUA, Frank Lloyd Wright.
Especificações técnicas
Aqui no Brasil, existem duas regras principais que devem ser levadas em conta na hora de fazer uma estrutura com concreto armado. A ABNT NBR 6118 – Projeto de estruturas de concreto – Procedimento é a que traz as especificações necessárias para tomada de decisões durante a fase de projeto.
A segunda norma é a ABNT NBR 14931 – Execução de estruturas de concreto. É ela que traz as regras que devem ser respeitadas na fase de execução do projeto; por isso, é considerada a norma-mãe de quem usa estruturas de concreto armado.
Aqui na MKS, usamos essas estruturas para criar prédios com vida – além de prezar sempre pela qualidade e a busca incessante pela excelência construtiva!. Você pode conferir um pouquinho mais dos nossos empreendimentos no site.