O que podemos aprender com a arquitetura do Uruguai
A antiga província de Cisplatina — como eram chamadas as terras uruguaias quando anexadas ao Brasil — tornou-se independente há quase 200 anos e, a cada dia, mostra-se uma nação rica em personalidade, cultura e estética. É um país que aprendeu muito com sua história e, hoje, tem muito a nos ensinar! Por isso nós, da MKS, trouxemos aqui algumas coisas que podemos aprender com a arquitetura do Uruguai.
Começamos pelas ruas da capital uruguaia. Montevideo é um universo de histórias e possui em cada prédio e monumento algo que remete às suas influências europeias. No bairro Ciudad Vieja, começa nosso aprendizado com os hermanos uruguaios! Algumas construções históricas devem ser conservadas independentemente de sua funcionalidade, pois a partir delas podemos ter um contato real com a história e refletir sobre tudo o que nos trouxe à atual situação social.
A Puerta de La Ciudadela é um monumento que contrasta com a atualidade e nos faz viajar ao século XVIII, quando os espanhóis que ocupavam Montevideo construíram um muro para que a cidade fosse protegida dos ataques de outras nações. Essa região no interior da muralha é lembrada pela concentração política, social e cultural da época. O muro foi derrubado em 1829, sobrando apenas a Puerta de La Ciudadela, e visitar esse monumento é contemplar a atual posição progressista do país pelas lentes de sua história.
Não muito longe dali, vemos mais um marco arquitetônico histórico da cidade e do país, adquirindo mais um aprendizado: a história também se constrói com gratidão, e esta também deve ser reconhecida e lembrada. O Palácio Salvo é uma dessas demonstrações de carinho pelo Uruguai. Construído entre os anos de 1923 e 1928, foi encomendado pela família Salvo — uma tradicional família de comerciantes italianos que viviam no país —, em homenagem à cidade de Montevideo, que os acolheu e permitiu que seus negócios familiares prosperassem.
O arquiteto Mario Palanti, também italiano, foi o responsável pelo projeto e, nos estilos art déco e eclético, trouxe à vida o que seria conhecido como o maior prédio da América do Sul até o ano de 1938. Seus detalhes trazem simbolismos maçons e as iniciais PS (Palácio Salvo) no decorrer de todos os seus 27 andares. Sua cúpula é visível de muitos pontos da cidade, e o prédio é um dos principais cartões postais de Montevideo.
Pouco mais próximo às margens do Rio da Prata, temos uma estrutura robusta e ao mesmo tempo delicada, atual ponto de encontro dos amantes da gastronomia uruguaia: o Mercado del Puerto. Idealizado pelo comerciante Pedro Saenz de Zumarán, o novo mercado público começou a ser construído em 1825.
O profissionalismo e o estilo da obra tem origem na Inglaterra, já que parte da estrutura foi fabricada na Union Foundry, uma antiga e renomada metalúrgica localizada em Liverpool. Dentre essas peças está o famoso relógio inglês localizado ao centro do mercado, fechando a composição e estilo britânico desse prédio único e significativo para o desenvolvimento urbano e econômico de Montevideo.
Essas são alguns marcos arquitetônicos de Montevideo que nos ensinam algo sobre a história, humanidade e estilo do Uruguai. E você, já visitou algum desses lugares? Conte para a gente aqui nos comentários como foi sua experiência!